The Spanish Princess
The Spanish Princess e O Espaço de Séries de Época nos Streamings
Olá amadinhos e amadinhas que estão aqui lendo meu texto sobre séries maravilhosas que você não pode deixar de ver, tudo bem?
Estou aqui hoje para dar uma grata dica que recebi não faz muito tempo, (apesar da série já estar aí desde 2019) e adorei principalmente no que tange sua costura de ficção com fatos históricos.
The Spanish Princess retrata um período da dinastia Tudor, protetores do trono da Inglaterra, que se inicia no ano do Senhor de 1506. Para assegurar que a Inglaterra ressurja financeiramente no cenário mundial, forma-se uma aliança forte e bastante interessante, para os ingleses, com a nova e católica Espanha, que havia sido tirada das mãos do islã. Isabel I de Castela, mãe de Catarina de Aragão, nossa amada odiada protagonista, vê conveniente prometer sua filha mais nova em casamento para que os laços do catolicismo comecem a se fortificar na Espanha e para que futuramente Catarina se torne a rainha da Inglaterra.
Parece lindo, mas não é, né gente? Através da história, sabemos que Catarina perde o marido, Arthur, cinco meses depois do casamento e que ela fica de bobeira na Inglaterra. Viúva, mas a mãe só a aceita de volta se pagarem a metade do dote que deram por ela, e a Inglaterra quebrada… enfim, a coitada da quase rainha ficou lá lambendo com a testa e lembrando dos dias de glória que pareciam que nunca iriam existir.
A trama realmente começa quando ela decide se casar com o irmão gato de Arthur, ruivinho zero defeitos, Henrique VIII. Mas como provar que ela não concedeu ao primeiro marido, a jus primae noctis? (essa sou eu gastando meu latim inútil, mas que significa direito a primeira noite).
Aí é que começa o êmbolo do meio de campo, dentro da história, porém, nada de spoilers!
Protagonistas
Catarina, a verdadeira que conheço pelos livros de história, foi a mulher que nasceu para ser rainha, obstinada e desejosa por liderar a Inglaterra. Na série, apesar da personagem ter muito dessa obstinação, a atriz em alguns momentos não segurou as cenas de mais peso, as de embate por exemplo. Sozinha, ela parecia muito da corajosa, mas na frente de seus inimigos, ficava sem respostas e na defensiva. Ao meu ver, isso se deu um pouco pela intérprete não me parecer tão carismática (mas a Charlotte Hope fez a Myranda em Game Of Thrones, e ficou uma psicopatinha maneira, recomendo).
No mais, existem as cenas da bondade de coração de Catarina que eu adorei e apesar de parecerem apenas o roteiro de ficção mesmo, mostraram muito a faceta dela de humanidade, apesar de saber que seu dever era de ter mãos fortes, uma vez no poder.
As cenas apaixonadas com seus respectivos pares foram muuuuuuito bem produzidas (e essa redatora não pode mostrar em palavras o quanto). Até mesmo as cenas com o feiosinho do Arthur ficaram bem bonitas e tu passa até a gostar da criatura. Bom, mas ninguém bate as cenas eloquentes de Henrique “Harry” VIII.
Harry, ou Henrique VIII, nosso galã da série, maravilhoso, e inteligente, e tudo o que uma garota como eu sonha na vida real (exceto a parte do canalha, né? Que convenhamos…), é interpretado por Ruairi O’Connor, um ator com a carinha bem desconhecida pelo mainstream, mas que deu é show e me deixou nas cordas, apaixonada. Ele é aquele personagem, que apesar dos pesares, fiquei com vontade de colocar nos meus livros. O bicho tem uma lábia inacreditável, e até conseguiu de Catarina, cartas indecorosas, na época em que ela achava que escrevia para o primeiro marido. Ladino de corações, estejam preparados para isso.
Ele inclusive traz muito da jovialidade do verdadeiro Henrique VIII, que se casou com Catarina muito cedo, e foi seduzido pelos encantos da madame.
Destaques
O que me agradou muito na série foi a inserção de um universo com temas muito atuais, que foram espelhados de uma forma verdadeira para o que ocorria naquela época.
Intolerância religiosa, preconceito e o aborto por exemplo, nos jogam a uma reflexão bem profunda do que era aquela fase da história, em termos de consciência social, e de como mesmo assim, os personagens conseguem reagir a tudo aquilo.
Prova disso são as tramas das amas de companhia de Catarina que só por elas, já vale a história toda, pois pra quem gosta de um drama bem feito tá aí um prato cheio.
Chegamos também, a minha parte preferida que são as tramas políticas, como coloquei anteriormente, a ficção costura maravilhosamente bem os fatos históricos que o mundo conhece e isso traz muita riqueza para a série, as tramas foram bem do início ao fim e isso deu dinâmica para a história de uma forma inacreditável. Quando você acha que nada mais pode acontecer na vida de Catarina que a impeça de se tornar a rainha, surge aquele plot twist que te dá um belo ippon e te deixa na lona, isso pra mim é história de verdade e é por isso que gosto tanto de séries de época.
Certamente o sucesso de Game Of Thrones abriu portas para milhões de séries de época e reboots de histórias já conhecidas, particularmente a redatora que vos fala ama o gênero e quer mais que tenha mesmo.
Por este motivo, ao longo do tempo, vou postando sobre cada uma de maneira bem específica para lhes apresentar.
Apesar de ser conhecido como gênero para meninas, porque tem muito casal, amor, romance, e algumas coisinhas, pegam os meninos pelas tramas políticas que englobam as histórias e por que não gostar de um casal ou outro? Muito depende do roteiro que não precisa ser meloso e nem apelativo para tal.
Espero que tenham gostado da dica da quinzena meus amados e espero vocês na próxima, não esqueçam de comentar se assistiram, ou se tem recomendações para que possamos falar sobre na próxima.
Beijos!