Review de jogos bate-bola jogo rápido #3 – Ano novo com jogos velhos
Comecei o ano jogando um jogo novo e um monte de velharia de 30 anos atrás!
Halo Infinite (Xbox Series S)
Já se foi o tempo em que Halo era o FPS a ser superado, poucas evoluções de gameplay e uma história que se perdeu em uma série de decisões esquisitas fizeram a franquia ir de um dos grandes FPS’s para mais um lançamento anual padrão.
Halo Infinite veio pra mudar isso, em meio a muitos adiamentos e problemas nos testes de multiplayer o jogo completo finalmente saiu no final de 2021.
E digo que conseguiram, Halo Infinite adiciona várias boas mecânicas ao gameplay, um mundo aberto que apesar de relativamente simples é divertido de se navegar, uma cordinha de impulso que adiciona toda uma nova verticalidade ao gameplay e outros upgrades que renovam o gameplay de verdade, armas bem diferentes uma das outras e realmente divertidas de se usar, conseguiram deixar até aquela bosta de arma de espinhos algo interessante, os clássicos veículos retornam com uma física melhorada e em um mundo aberto são muito mais divertidos de usar. Tudo isso deixa o combate muito variado, um combate nunca é igual a outro, mesmo derrotando várias bases inimigas tem sempre um modo diferente de poder enfrentar os inimigos.
A história tomou finalmente um caminho interessante, com Master Chief deixando de ser o super soldado sem personalidade e refletindo nas suas ações do passado e no futuro, a interação dele com a nova “Cortana” e o soldado Echo 216 dão uma cara nova a história que a franquia precisava muito, tornando Halo finalmente em algo mais do que só um super soldado matando tudo no seu caminho.
O multiplayer tem vários modos interessantes apesar de um sistema de progresso meio esquisito que esta sendo arrumado aos poucos, o sucesso especificamente do multiplayer vai depender muito de como vão lançar conteúdo ao longo dos próximos anos, já tem algumas armaduras e objetivos interessantes pra fazer, mas como já vimos em vários outros jogos vai ser preciso mais do que isso pra manter os jogadores interessados.
Halo Infinite é a mudança que a franquia precisava pra ser relevante de novo, mas ainda assim eu vejo como um passo de transição pra coisas melhores, muita coisa experimental foi colocada nesse jogo tanto na campanha quanto no multiplayer e se a Microsoft souber o que fazer com o que deu certo e melhorar no futuro Halo pode ser novamente a grande revolução dos FPS’s que já foi um dia.
Castlevania (Nes jogado no Xbox)
Então, eu caguei dinheiro em uma coletânia do Caslevania no Xbox e resolvi jogar o primeiro jogo desta tão amada e esquecida franquia.
A primeira aventura de Simon Belmont contra Drácula, um plataforma 2d com dificuldade brutal baseada em tentativa e erro (felizmente tem save state nessas coletânias).
É inegável que algumas coisas de um jogo tão antigo envelheceram como maionese no sol né, a dificuldade escrota vem muito de uma física que basicamente não existia na época com pulos meio esquisitos e um recuo gigante toda vez que você toma dano que te faz cair de buracos frequentemente.
Mas o jogo tem seus pontos positivos e entendendo o contexto da época dá pra ver as evoluções que o jogo trouxe, um jogo grande pra época, com cenários e inimigos bastante variados e uma trilha sonora que dá bem o clima de algo sinistro.
É um jogo que vale a pena jogar mais pela curiosidade das origens da franquia e a origem de muita coisa que permanece até o triste estado de máquinas de Pachinko que a franquia se encontra hoje em dia.
Super Castlevania IV (Snes jogado no Xbox)
Eu fiquei com preguiça de jogar os outros Castlevania do Nes e fui direto pro Super Castlevania IV mesmo.
E que melhora de qualidade heim! O pulo de Simon Belmont pros 16 bits foi muito bem feita, um plataforma 2D excelente, com ambientes e inimigos muito variados, mecânicas interessantes de gameplay que dão uma boa variada no padrão clássico de plataforma, um jogo difícil mas equilibrado, mais pensado em como você aborda cada risco na sua frente do que a tentativa e erro.
Os gráficos são excelentes pra época, usando efeitos de Mode 7 e transparências que dão um toque muito especial em uma época que poucos jogos tinham isso.
O Rondo of Blood é muito mais lembrado por causa do visual e gameplay mais rápido mas eu digo que esse é o melhor Castlevania clássico pré Symphony of the Night.
Esse sim é um jogo que vale a pena jogar até hoje, é um plataforma muito divertido e mostra bem como a Konami sabia evoluir suas franquias antes de virar uma empresa completamente cheia de merda.
Castlevania Bloodlines (Mega-Drive jogado no Xbox)
É o ultimo Castlevania, eu juro!
O único Castlevania pra um console da Sega (teve um cancelado pro Dreamcast mas isso é história pra outro dia) e é muito bom também!
O jogo pega muita coisa do Super Castlevania IV, com muitas mecânicas parecidas e cenários semelhantes, mas tem mudanças significativas que o transformam em um jogo bem único, começando pelos personagens.
Você escolhe entre dois personagens, John Morris(que usa o clássico chicote) e Eric Lecarde (que usa uma lança), os dois personagens funcionam de maneira bem diferente e tem até caminhos diferentes nas fases, o que adiciona um bom fator de replay no jogo.
A progressão é o clássico do Castlevania, você passa por várias fases até chegar naquele filho-da-puta do Drácula, a novidade fica por conta que o jogo não se passa todo dentro do castelo, cada fase é em um país diferente e só nas ultimas é no castelo de fato, isso adiciona uma boa variedade de cenários e uns desafios de plataforma diferentes do que foi apresentado na série, principalmente quando se joga com a lança de Eric, é possível fazer bastante coisa nova até então na franquia.
É um ótimo jogo que não perde nada pro Castlevania do Snes.
Giga Wing (Arcade jogado no Xbox)
Então, eu joguei dinheiro fora com uma coletânia de jogos de arcade da Capcom também!
Giga Wing é um shoot ‘em up lançado em 2000, já no fim da era de ouro desse gênero, mas por isso é um jogo muito bonito, com vários efeitos 3D e mecânicas bem refinadas, é do estilo conhecido como Bulett Hell, em que 30 milhões de balas infestam a tela e o segredo esta em saber desviar de tudo.
Eu tenho uma história com esse jogo, nos áureos tempo que eu tinha meu PSP desbloqueado eu tinha botado um emulador de arcade nele e entre outros jogos eu coloquei Giga Wing, como era um jogo bem rápido eu sempre jogava quando estava no metrô ou no ônibus indo e voltando do trabalho, de tanto jogar repetidas vezes eu acabei ficando bom nesse jogo e conseguia terminar com uma “ficha” só! Aaaah, bons tempos.
Enfim, apesar de ter gráficos melhores que a média e ser bem refinado no gameplay Giga Wing é um shoot ‘em up bem clássico no geral, você escolhe uma navinha, sai dando tiros em naves e com o tempo a coisa escala num nível que você mal vê qualquer coisa além do monte enorme de balas que enchem a tela. A novidade mesmo fica por conta de um escudo que repele as balas e pode ser usado de tempos em tempos, a chave da sobrevivência no jogo esta saber quando usar esse escudo.
O jogo tem um trilhão de medalhas que todos os inimigos deixam e se você conseguir jogar sem morrer o score chega literalmente na casa de centenas de milhões, é um exagero bem divertido.
Hoje em dia com emuladores e coletânias que não é preciso de fichas Giga Wing é um jogo bem divertido mesmo que você morra 300 vezes pro monte de balas que enchem a tela.
É isso por hoje! Na próxima prometo trazer mais jogos com menos de 20 anos do lançamento.