O ‘X’ CAIU, AGORA É SÓ ‘MEN 97’ (UI!)
Então, meus caros diplomatas, estamos aqui para falar sobre aquele careca manipulador que vive em outro planeta mas ainda se coloca como líder de um grupo social, sim, ele mesmo…Raimundo Nonato Charles Xavier ! Ou melhor, falaremos dos heróis que ele diz fazer parte, seus X-Men [ele só aparece no final para fazer merda, como sempre né, professor X].
Aproveitando que este post não terá nenhuma avaliação negativa no Xwitter (Br: Xuinté), vamos falar sobre o final da temporada de X-Men 97 (que por enquanto será chamado só de ‘Men 97’, em decorrência da queda da plataforma do “Elon Muxi” [lembra daquele deputado pronunciando o nome dele, han, han ?!]).
“Ain, mas esse desenho já acabou há algum tempo”, tá, mas eu moro no Acre. Paciência!
Enfim, bora tirar as teias desse site, mas já vou logo avisando que se for para tirar o Ideia Errada do ar: EU AUTORIZO, ‘ANDÃO’!
Já recomendado outrora num desses ‘indicações & desindicações do IE’, reafirmo como sendo, até então, uma das melhores adaptações de mídia animada deste ano. Tivemos até post aqui no IE, vai ler lá, porra.
O desenvolvimento da trama segue de forma bem planejada, com a retomada do plot principal da essência da banda desenhada que originou toda obra: o ódio aos mutantes e a dificuldade de convivência harmônica interespécies.
Tecnicamente é boa do início ao fim, com a mistura de animação sobreposta de 3D com realces no 2D [personagens com lábios rosados à base de manteiga de cacau], além da boa dublagem no original e em português (com uma adaptação bem competente pro brazuca, inclusive no que diz respeito ao Mancha Solar, apesar da ausência dos dubladores clássicos que perdemos ao longo dos anos, saudações póstumas Isaac Bardavid), com um competente roteiro [ao contrário de GoT], que segue a linha narrativa clara para o fim da pacificação de humanos e mutantes, sob a ótica do ‘Datebayo’ (Beau DeMayo), já despedido, abrindo espaço para ótimas sequências de ação (Ciclope pulando de queda-livre, Tempestade fazendo deserto virar um grande tornado de vidro e Gambit se sacrificando em contra a barata-sentinela gigante são alguns dos exemplos do potencial que os mutunas ainda podem render de forma ‘massavéica’).
Isso sem falar no desenvolvimento de personagens principais: um Magneto tão bem explorado a ponto de nos convencer que o seu lado do front é o certo a ser seguido, ou até a Vampira, que iniciou como parte de um triângulo amoroso com Magneto e Gambit, para, ao final, se tornar mais amarga e violenta no luto, a ponto de desconsiderar a morte [ou a vida?!] de um de seus vilões. Mostrando que apesar de ser um desenho animado, está longe de se bastar na infantilidade das manhãs comuns em que foi exibido a nós, originalmente.
E aproveitando que foi referenciado o principal roteirista da bagaça, Beau DeMayo, esse pra mim é um dos pontos fracos de toda a obra, na verdade falo diretamente da péssima repercussão dos bastidores dela, que, com todo seu sucesso, ficou à sombra de muita polêmica. E não vou aqui me deter em detalhes do que foi noticiado, mas independentemente do ocorrido, lamentável e condenável, como já falei no podcast do IE, devemos aprender a ter um mínimo de senso ao buscar separar o autor de sua obra, e a própria Marvel/Disney não soube lidar com a situação, a ponto de ofuscar a divulgação do desenho pela escala de problemas na equipe responsável, que numa ironia do destino [não o Doutor…] acabou alavancando o hype da parada. Enfim, é sobre ter maturidade de não condescender com assédio pessoal, nem com abuso corporativo, mas saber elogiar algo que é produzido de forma competente para o seu público.
Pera aí, agora eu não sei se estou falando de algum filme do Woody Allen ou dos bastidores da carreira do Charles Chaplin, ah, lembrei, voltemos ao ‘Men 97’, sem o ‘X’ por ora.
Mesmo com muitos momentos ‘deus ex machina’ para dar andamento à atração, perdoáveis aos olhos do fans menos xiitas, X-Men 97 consegue resgatar a nostalgia da molecada dos anos 90, agora velhaca, além de apresentar a obra a uma nova audiência [mesmo tendo que aturar ‘xovéns’ pra lá e pra cá com camiseta de X-men da Renner], deixando um gancho muito bom para a futura segunda temporada da animação, rumo à Era de Apocalipse, com ressurreição óbvia do Gambit.
E devo agradecer à mãe Marvel e à madrasta Disney por ter produzido apenas 10 episódios nessa temporada, com arcos que já iam se resolvendo por eles mesmos, porque eu não aguento mais série longa e ‘tô com geral’ que também não suporta isso, ainda mais porque no original tinha uns arcos muito chatos que se estendiam desnecessariamente.
No mais, gostei bastante a ponto de rever, recomendo.
Nota 10/1000.
P.S.: Agora que o ‘X’ caiu, eu imagino o desespero de vocês, maníacos, para consumir conteúdo ‘xxx’ na internet [risos].